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Temas
A escolha do tema
Extraído do livro: Metodologia Científica - Como se tornar mais agradável a elaboração de trabalhos acadêmicos. Autora: Rosilda Baron Martins. (p.74-77).
Nessa fase inicia-se a caminhada da pesquisa, o que nem sempre representa tarefa fácil diante da multiplicidade de temas sugeridos pela atividade humana.
Nunes (2001) aponta algumas regras que poderão contribuir na escolha adequada do tema: escolha tema do seu interesse; importância ou utilidade do tema; existência de fontes; o tema não precisa ser de finitivo, pode ser conhecido ou não; escolher a partir de obras de autores conhecidos, dentre outras. Assunto que se quer tratar e a introspecção do mesmo para que não fique superficial e muito extenso, mas delimitado e profundo, gerando segurança no resultado pretendido. Em síntese, o tema ideal para pesquisa é aquele que preenche três condições fundamentais: atende ao gosto, aptidão e tempo do pesquisador; é relevante para uma ciência, uma escola ou para a sociedade e, ainda, se sobre ele é possível obterem-se dados. Certamente, a resposta a essas três questões é que tornará o tema interessante e desafiante para o pesquisador.
Embora, ao se escolher um tema de pesquisa, algo dele já é conhecido, a releitura exploratória é necessária pois tem o mérito de aumentar a extensão e a profundidade dos conteúdos conhecidos. Desse modo, consiste numa segunda etapa da investigação, já que a leitura sobre o assunto em dicionários, enciclopédias, livros, periódicos etc., é que permitirá que se esclareçam o sentido das palavras-chave, definições, classificações genéricas, situação histórica do problema, contribuindo para distinguir o essencial do secundário e, em conseqüência, facilitará a delimitação do conteúdo dos temas a investigar.
É, também, a argumentação sobre a validade e a oportunidade da pesquisa que se pretende desenvolver. É o momento de “vender o peixe”, ou seja, do convencimento de que o trabalho proposto convém ser desenvolvido. Compreende as explicações sobre os motivos de ordem teórica e prática que justificam a pesquisa, a viabilidade técnica e financeira da execução do trabalho, explicita as contribuições que pode trazer à área de conhecimento quanto a sua relevância científica.
Nesse momento, dá-se início à leitura exploratória, levantando conceitos novos, definições, curiosidades, nomes, datas, detalhes que pareçam importantes para aprofundamento posterior. Ao procurar materiais escritos, sejam fontes primárias ou secundárias, descobrem-se materiais nos fichários de bibliotecas, nas indicações que constam nos livros e periódicos, as linhas gerais do assunto vão sendo delineadas.
Questões a investigar: Problema
“Tornar um assunto problemático é colocá-lo em dúvida, transformando-o num problema. É uma maneira crítica de verificar todos os ângulos da questão, uma forma de checar todos os matizes que o tema pode apresentar” (NUNES, 2001, p. 11). Trata-se do apontamento das questões a partir das quais a investigação será efetuada, ou seja, a problematização aparecerá como meio de levantar questões para o desenvolvimento da pesquisa e elaboração do texto.
Nesse sentido, Santos (2003, p. 39) explica que
a problematização é a transformação da necessidade humana em problema, que por sua vez define-se como ‘necessidade humana, enquanto pensada’. O que se faz, na realidade, é dividir a necessidade em seus aspectos componentes julgados importantes. A expressão gráfica do problema é a pergunta. [...] Com base na curiosidade pessoal ou necessidade intelectual despertada pelos dados que se tem, ou que se reforçou a partir das leituras exploratórias, criam-se perguntas a respeito do assunto.
O número e a qualidade das questões variam em função da extensão e profundidade do domínio do pesquisador a respeito do assunto. São as variáveis para as quais são procuradas soluções. Assim, formular o problema com uma pergunta (ou várias) facilita a identificação do que se deseja estudar. Além disso, é importante delimitar em uma dimensão viável para a pesquisa e redigir de modo claro a dificuldade. É importante ressaltar que uma adequada formulação do problema exige do pesquisador conhecimentos prévios sobre o tema.
Delimitação do Problema da pesquisa
Se o pesquisador conseguir submeter o tema a um questionamento adequado, acaba por obter facilmente o resultado almejado, que é sua delimitação. Na prática, consiste em escolher, entre os vários aspectos anteriormente levantados, aquele que merecerá estudo e investigação mais aprofundada. Mesmo que todos os problemas possam ser considerados importantes, deve-se escolher apenas um por vez, ou pelo menos, um ponto de vista por vez. É essencial fazer um recorte, escolher “o pedaço” do problema que se quer ou se precisa estudar, para estudá-lo em profundidade. É uma imposição do método.
Segundo Santos (2003, p. 40),
As pesquisas podem considerar a extensão e a profundidade do assunto, isto é, podem ser feitas privilegiando a multiplicidade dos aspectos conhecidos que compõem um tema, seus aspectos ‘horizontais’, a extensão do assunto. Podem também concentrar-se em aspectos ‘verticais’. O progresso científico, quase sempre surge do aprofundamento de aspectos de uma necessidade, isto é, estuda-se mais detidamente ‘pedaços’ dela por vez. Daí a importância de delimitação.
Geração de Hipóteses
É importante destacar que as hipóteses devem ser razoáveis, isto é, não podem implicar contradição aberta. Também, devem ser verificáveis, ou seja, podem ser desenvolvidas verificações empíricas e intelectuais a respeito delas, ou sustentá-las com base na palavra de autoridades científicas. “A hipótese relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado e, portanto, orienta a execução da pesquisa. [...] É bastante enriquecedor neste item quando o autor do projeto apresenta as contribuições teórico-práticas que a pesquisa pode trazer” (CRUZ & RIBEIRO, 2003, p. 49).
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